Quarta-feira, 31 de Dezembro de 2008

2009


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Quarta-feira, 24 de Dezembro de 2008

Boas Festas!


publicado por adormirnaforma às 20:07
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Sábado, 6 de Dezembro de 2008

O italiano que ama Pessoa

 

 

No congresso de Fernando Pessoa, no final de Novembro, Mariano Deidda estava lá. Reconheceram-no e chamaram-no para o cumprimentar. Nos intervalos, tocaram música sua. Fernando Pessoa cantado em italaiano, com uma música que anda entre o jazz e a contemporânea. O que faz deste homem de estatura mediana, cabelo encaracolado e olhar vivo um arauto do grande poeta português?

Nascido na Sardenha, foi na juventude que o leu pela primeira vez: "Pessoa é o amor da minha vida. Era muito jovem quando o descobri e, encontrar-me com uma obra tão forte como a do Livro do Desassossego, foi como se tivesse as mãos a tapar os olhos e, de repente, os destapasse. Pessoa abriu-me os olhos. E comecei a ver o mundo de outra maneira. Do Livro do Desassossego passei a todos os outros e percebi então o universo pessoano."

Desde 2001, já gravou três discos com canções sobre poemas de Pessoa e vai gravar mais, agora, com a Mensagem. [...]

 

Há dois anos, Deidda foi a Beirute, ao Festival do Poema Cantado. Portugal não tinha representação, mas quando chegou a vez dele apresentaram-no como representando dois países, Itália e Portugal. Nos libretos, os libaneses traduziram para árabe um pequeno poema de Pessoa (ele mostra o papel com orgulho).

"Em Itália, Pessoa está a tornar-se um gigante. Já há 31 cátedras de literatura portuguesa, enquanto há quinze anos havia apenas três. Qualquer coisa está a mudar. Tabucchi abriu uma porta muito importante para Pessoa, claro. E eu abri outra, muito grande, que é e da música. Em Itália, dou centenas de entrevistas a rádios, televisões, jornais. Onde falo sempre de Pessoa e de Lisboa. Porque, embora cante Pavese, eu sou o cantor de Pessoa."

 

"Gosto de dizer às novas gerações, porque há cada vez mais jovens nos meus concertos, que leiam Pessoa. Porque a mensagem que ele deixou é muito positiva. A coisa mais importante que a humanidade deve entender é a capacidade crítica. E as novas gerações, que não têm consciência crítica, talvez a ganhem ao lê-lo. Digo o mesmo a professores universitários: leiam Pessoa."

O merchandising em torno do poeta não o escandaliza. "A poesia dele não fica menor por causa disso. O ser humano mais comercializado do mundo é Jesus Cristo mas ninguém se escandaliza com isso. Por que não Pessoa? Pessoa é um génio. O importante é que ele seja conhecido por toda a gente, em todo o mundo." E será o maior poeta universal daqui a dez anos, garante Deidda, com toda a convicção.

 

Sexta [5.Dez.2008]

 


publicado por adormirnaforma às 18:47
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Quinta-feira, 4 de Dezembro de 2008

LUCIANA STEGAGNO PICCHIO

 

1.Chegou-me, de Roma, enviado por mão amiga, o livrinho “La lingua altra, Una autobiografia in forma di intervista”, que ressuscita a voz de uma grande lusitanista, Luciana Stegagno Picchio, desaparecida há pouco. Alessandra Mauro, condutora desse apaixonante e precioso diálogo, realizou um trabalho perfeito. Quem conheceu a mulher extraordinária, professora universitária qualificadíssima e ensaísta criadora, capaz de se libertar das baias académicas; privou com Luciana e a ouviu dissertar, magistral e claramente, sobre Cultura; seguiu o seu trabalho, a paixão pela nossa língua e pelos nossos autores –guarda na memória e no coração uma lembrança comovida e grata. Ela ensinou, defendeu e divulgou, excelentemente, a Literatura Portuguesa. Apoiou autores, apresentou-os ao público italiano e esteve por detrás de muitas traduções de poetas e novelistas lusitanos. Era uma pessoa sedenta de vida e de conhecimento. Inteligente e sensível. Os seus olhos admiráveis -porque também era uma mulher bela- queriam abarcar e entender tudo. E aceitavam tudo e todos. A lição socrática marcava o seu convívio.
 
2.Este texto fez parte de um volume editado pelo Instituto Camões, em 2001: “A língua outra –Uma fotobiografia”. Verdade se diga, Portugal soube reconhecer o muitíssimo que lhe deve. Mas, agora, quando a recordo e já não posso conversar com ela, o voluminho muito cuidado, na língua original, com três fotografias que a fixam tal qual foi, toca-me de modo especial. Porque ela me deu muito: amizade e sabedoria e a reencontro, viva, irónica, tolerante. Superior.  
 
Manuel Poppe, O Outro Lado
Jornal de Notícias [23.Nov.2008]

 


publicado por adormirnaforma às 18:00
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